À primeira vista, parece simples: 256 peças coloridas para serem dispostas em um tabuleiro quadrado, de 16 casas por 16 casas. A peça inicial tem de ser colocada no local indicado e as cinzas devem preencher as laterais, como uma moldura. Depois, é só encaixar o restante das peças, levando em conta as formas e as cores de seus símbolos. Moleza? Não se deixe enganar. O desafio é tão complexo que o fabricante do quebra-cabeça oferece US$ 2 milhões (cerca de R$ 3,7 milhões) para o primeiro a resolver o enigma.
Chamado de Eternity II, ele começa a ser vendido no sábado 28 pela internet e em lojas na Austrália, Israel, África do Sul e mais de 15 países europeus, ao preço de £$ 34,99 (cerca de R$ 130).
O professor Odilon Otavio Luciano, do Instituto de Matemática e Estatística da USP, diz que conhecimento e formação técnica são importantíssimos, mas que a busca pela solução envolve também outros fatores, não tão exatos quanto os números. “A intuição é uma das grandes fontes não só para resolver problemas, mas para criar novas possibilidades. Às vezes pessoas muito bem treinadas ficam dando voltas no próprio rabo”, afirma.
Quando lançou a versão original do Eternity, em junho de 1999, seu criador, o visconde Christopher Monckton – um misto de escritor, jornalista e inventor, que já foi conselheiro político de Margaret Thatcher quando esta era a primeira- ministra da Inglaterra – calculou que ao menos três anos seriam necessários para que alguém resolvesse o enigma. Errou feio. Com a ajuda de um amigo e dois computadores domésticos, o matemático inglês Alex Selby, então desempregado, conseguiu solucioná-lo em apenas 11 meses e faturou o prêmio de £$ 1 milhão (cerca de R$ 3,8 milhões) oferecido na época. O excêntrico Monckton, que levou 14 meses para desenvolver o Eternity, não ficou no prejuízo: mais de 250 mil unidades do quebracabeça foram vendidas.
Antes mesmo do lançamento do Eternity II, grupos de pessoas já se organizavam por meio da internet para tentarem, juntos, resolver o desafio o mais rápido possível. O matemático neozelandês Dave Clark criou um programa para auxiliar na busca pela solução. “Centenas de pessoas já se inscreveram para utilizar o software. Com o lançamento neste final de semana, milhares devem se inscrever nos próximos dias”, afirma. Clark distribui o programa gratuitamente, sob uma única condição: em caso de sucesso, o prêmio terá que ser dividido igualmente com ele.
29 de jul. de 2007
US$ 2 milhões para o primeiro que termina um quebracabeça de 256 peças
Postado por Wendson às 7/29/2007 12:22:00 AM
Marcadores: Aconteceu
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário